Hoje o mundo não parece tão assustador. O mundo de hoje não é um lugar
confuso, inquieto, relutante. Não o sinto tão vasto, tão grande, tão de todos
e ao mesmo tempo de ninguém. É que hoje o mundo que chega aos meus
olhos é encantador... Perdeu aquela mania de grandeza. Perdeu, simplesmente,
não sei onde, nem como. Apenas sei que o mundo diminuiu. Diminuiu sim, mas
para caber mais gente, mais riso, mais alegria, mais conforto, mais beleza, menos
solidão. O mundo que percebo hoje vem cheio de pequenezas - tão
significativas! - : um céu azul imaculado, uma brisa que leva pólens e fecunda
as plantas, o sol que começa a esquentar. As crianças que brincam de
esconde-esconde. Os sorrisos que eu conheci. E por um segundo tudo faz
sentido... A vida, os propósitos, ou não. E o mundo diminuiu... e hoje tudo tem
sabor de lanche feito em casa. Tranquilidade, certezas. Como se o mundo todo
fosse apenas uma extensão da minha vizinhança. Acolhedoramente, e só.
Amigos, literatura, palavras bobas e muitos sorrisos. Fácil. Simples. Assim.
O mundo diminuiu para hospedar mais felicidade.
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